RASTROS

por Denis Jorge Hirano

Vejo nas mudanças, os desvios e improvisos,

 

Diante a infinitude de riscos
E imprevistos,

 

Onde se encontram os verdadeiros rastros.

 

São nas curvas, nas esquinas,

 

Nos momentos que dissemos “não”.

 

Na desconstrução do “mais provável”, e do impossível.

 

Em surpreender o que nos deixaria surpreendidos

 

Ao abraçar o acaso, e convencê-lo que somos um.

 

Me faço de obstáculo, dos rios lineares da vida,

 

Para ver o mais novo pôr-do-sol

 

De um novo ponto,
Um novo rastro,
Sob a minha presença.

 

O que mais esses olhos teriam para refletir?

 

E os meus rastros

 

Agora,
Assim como antes,
e como sempre,

 

São outros.

Joinville, 10 de Maio de 2025.

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