Dois Mundos

por Denis Jorge Hirano

A lua despertou na hora errada e se deparou com o céu ainda azul…

 

Calada, observou o Sol cantando a maior das óperas sobre o mar, porém, com uma plateia quase vazia.
E do outro lado, o som de um mundo estridente e agitado correndo cegamente em círculos…
E se deu conta dos motivos de tantos desejos repetidos, exigidos e até implorados, durante o seu expediente, dos quais nunca foram obtidos…

 

E pensou:
“-É isso! A direção dos sonhos não pode ser vista no meio de tanta turbulência…”
Suspirou,
Contemplou por mais alguns minutos todo aquele mar e o céu ainda azul,
Acenou timidamente ao Sol…

 

E voltou a dormir.

Joinville, 16 de Novembro de 2024.

Esse escrito faz parte do livro

O Invisível em Rimas Primárias 

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