por Denis Jorge Hirano
Quando todos se afastaram
Eu pude seguir sozinho
E deparei com a minha própria sombra
Que a muito tempo havia esquecida
E por muito tempo pisoteada,
Largada, desdenhada e dissuadida…
Eu, que sempre a tratei como uma desconhecida
Hoje a tenho como a mais fiel amiga…
Antes, apenas uma mancha parasita,
Agora a tenho como uma versão minha estendida:
O ponteiro oposto da minha bússola,
O contra-argumento de minhas ideias…
Continuando a caminhar
Percebo a aproximação de outras pessoas…
Logo perceberão que a direção que realmente buscam
É apenas o lado oposto que suas próprias sombras apontam…
E não a minha.
E quando chegar a despedida,
Irei de presenciar uma singela alegria,
Em ter tido o prazer em auxiliá-los nessa busca…
Talvez, a mesma alegria de quem eu seguia.
Joinville, 21 de Janeiro de 2024.
Esse escrito faz parte do livro
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