por Denis Jorge Hirano
As nuvens negras se misturam…
Unem forças para o início de um temporal
Somos capazes de observar o tamanho de sua fúria…
Os ventos fortes são os mensageiros:
Fecham as portas e as janelas!
Desliguem a T.V. e os computadores!
O espetáculo vai começar…
Rufam os tambores?
Não!
A primeira trovoada…
Relâmpagos clareiam a tarde cinzenta e sinistra,
Milhares de gotas caem como cortina picada,
As pessoas correm desesperadamente…
Eu fico!
Quero estar presente, observando e sentindo tudo de perto…
A chuva continua com uma extrema força…
Gritam pelo meu nome…
Não!
Eu insisto em ficar!
E imploro que caia tudo sobre mim!
Preciso conhecer o que todos temem!
Um raio paira no céu,
O som do vento passa rente ao meu rosto…
Acidentes no asfalto!
Alguém se machucou em tentar fugir do bombardeio de águas cristalinas…
Aqui fora sou o único…
Faço dessa, a minha guerra solitária!
Fui atingido, mas não estou ferido…
Estou intacto!
O vento perde sua força…
E a munição das nuvens negras chega ao fim…
O céu se abre.
Vejo o Sol, e os pássaros festejando…
Alguém se machucou ao tentar fugir…
E eu comemoro a minha vitória!
Aplausos?
Não!
O primeiro espirro…
Joinville, 21 de Novembro de 2024.
Esse escrito faz parte do livro
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