por Denis Jorge Hirano
Minha poesia e meus velhos poemas
Como pude me viciar em escritas tão primárias?
Sem elaborar muito o conteúdo,
Nem suas rimas,
Sempre gostei do simples
E de tudo o que o acompanha…
Suspiro por aquela mulher vestida de algodão,
Descalça, alisando seus cabelos com uma das mãos
Entregue à manhã clara e forte de verão,
Cantarolando baixo, uma cantiga alegre, de coração
A preocupação é muito complicada para o seu ser
Entende que é mais fácil estar com os seus pensamentos leves
Tem certas precauções pela falta de censura
Acrescentando pequenos detalhes em uma velha história romântica
Escreve com imagens da sua infinita imaginação
Sorrindo longe por um sentimento interno
Toca na grama molhada que forra todo o chão
E se diz: “-Que sorte!” Ao encontrar um simples trevo…
Bebe da água fresca dos riachos
E tenta escrever o seu nome nas estrelas
Arrisca em imitar os assobios dos pássaros
Auxiliada pelos ecos que trazem as montanhas
Minha poesia e meus velhos poemas…
Um emaranhado de simples palavras, como pude viciar-me?
Sem elaborar muito o seu conteúdo,
Nem suas rimas…
Mas sempre gostei do simples…
Por ela ser simples também.
Joinville, 07 de Junho de 2024.
Esse escrito faz parte do livro
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